Reta final da bagaça'' (Política!)
Presidenciáveis fazem ensaio geral para debate decisivo
TV Record promove penúltimo embate entre candidatos. Encontro mais esperado será na quinta, na Globo
Cifrões, datas, nomes. Tudo anotado no material de apoio dos candidatos à Presidência, em letras grandes, para garantir compreensão à primeira olhada. Tudo pronto para mais um debate na TV – o sétimo desde o início da campanha.
O desta noite, às 21h, será promovido pela Rede Record. Participam José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (Psol). Serve de aquecimento para o mais esperado, da TV Globo, na próxima quinta-feira, a três dias do primeiro turno. Os quatro oponentes também já confirmaram participação.
Mesmo sem tradição na cobertura política, a Record será favorecida pelo momento quente da campanha e pela indefinição do cenário político. Denúncias de esquemas de tráfico de influência respingam na candidatura de Dilma Rousseff, ex-ministra da Casa Civil, centro dos escândalos. A pesquisa Datafolha da última quarta-feira mostrou queda na vantagem de Dilma sobre os adversários – o que pode empurrar a eleição para o segundo turno.
“Quanto mais acirrada a disputa, maior a disposição dos candidatos para a discussão e maior o interesse do público no debate”, afirma o cientista político e consultor de marketing político Rubens Figueiredo, do Centro de Pesquisa e Comunicação (Cepac).
Números - Até agora, os debates presidenciais tiveram desempenho pífio de audiência. O primeiro, da TV Bandeirantes, em 5 de agosto, foi assistido por cerca de 241 mil pessoas. O da TV Gazeta, em 8 de setembro, por 76 mil. O da RedeTV!, em 12 de setembro, atraiu um público de 304 mil pessoas. Todos os dados têm como base a medição do Ibope na Grande São Paulo.
O debate regional entre presidenciáveis, promovido pelo SBT Nordeste na segunda-feira passada, teve audiência de 142 mil pessoas, somando as duas praças onde há medição do Ibope, Recife e Salvador. O programa foi transmitido de Recife para dez afiliadas do SBT em oito estados da região.
A concorrência com jogos de futebol contribuiu para o desinteresse do público. No mesmo dia e hora do evento da Band, a Globo transmitiu a partida decisiva entre São Paulo e Internacional pela Copa Libertadores da América. Enquanto os candidatos debatiam na Gazeta, passava na Globo um jogo do Corinthians pelo Campeonato Brasileiro.
Com tradição em embates televisivos, a Rede Globo é a única que deve realmente ter altos índices de audiência. Para se ter uma ideia do poder de fogo da emissora, o debate do primeiro turno das eleições presidenciais de 2006 foi assistido, em média, por 2,6 milhões de pessoas e atingiu 31 pontos na medição do Ibope. Esse índice é próximo, por exemplo, ao de uma novela das oito – que, geralmente alcança 35 pontos.
Indecisos – Os candidatos vão para estes dois últimos encontros, da Record e da Globo, de olho em uma fatia do eleitorado – os indecisos. Segundo o Datafolha, 5% das pessoas ainda não sabem em quem votar. Isso representa nada menos que 6,8 milhões de eleitores.
Em segundo lugar nas pesquisas, José Serra (PSDB) buscará no debate deste domingo vincular a imagem de Dilma aos casos de corrupção que vieram à onta recentemente. E, acima de tudo, comparar-se com a petista, apresentando-se como mais experiente para governar o país.
Dilma, por sua vez, terá como tarefa principal esquivar-se dos adversários, controlar o nervosismo e, assim, segurar a liderança da disputa. A estratégia petista consiste em evitar críticas e destacar feitos positivos da era Lula.
Figueiredo explica: “Para Dilma, interessa um debate morno. Para Serra, ataques à capacidade de governar da Dilma e ao modelo de poder do PT.” O cientista político pondera que, para a estratégia do tucano dar certo, é necessário ter moderação nas críticas. “O eleitor gosta de quem é altivo sem ser agressivo, mostra os defeitos do adversário sem ofendê-lo. O efeito da crítica depende do tom.”
Mesmo sem tradição na cobertura política, a Record será favorecida pelo momento quente da campanha e pela indefinição do cenário político. Denúncias de esquemas de tráfico de influência respingam na candidatura de Dilma Rousseff, ex-ministra da Casa Civil, centro dos escândalos. A pesquisa Datafolha da última quarta-feira mostrou queda na vantagem de Dilma sobre os adversários – o que pode empurrar a eleição para o segundo turno.
“Quanto mais acirrada a disputa, maior a disposição dos candidatos para a discussão e maior o interesse do público no debate”, afirma o cientista político e consultor de marketing político Rubens Figueiredo, do Centro de Pesquisa e Comunicação (Cepac).
Números - Até agora, os debates presidenciais tiveram desempenho pífio de audiência. O primeiro, da TV Bandeirantes, em 5 de agosto, foi assistido por cerca de 241 mil pessoas. O da TV Gazeta, em 8 de setembro, por 76 mil. O da RedeTV!, em 12 de setembro, atraiu um público de 304 mil pessoas. Todos os dados têm como base a medição do Ibope na Grande São Paulo.
O debate regional entre presidenciáveis, promovido pelo SBT Nordeste na segunda-feira passada, teve audiência de 142 mil pessoas, somando as duas praças onde há medição do Ibope, Recife e Salvador. O programa foi transmitido de Recife para dez afiliadas do SBT em oito estados da região.
A concorrência com jogos de futebol contribuiu para o desinteresse do público. No mesmo dia e hora do evento da Band, a Globo transmitiu a partida decisiva entre São Paulo e Internacional pela Copa Libertadores da América. Enquanto os candidatos debatiam na Gazeta, passava na Globo um jogo do Corinthians pelo Campeonato Brasileiro.
Com tradição em embates televisivos, a Rede Globo é a única que deve realmente ter altos índices de audiência. Para se ter uma ideia do poder de fogo da emissora, o debate do primeiro turno das eleições presidenciais de 2006 foi assistido, em média, por 2,6 milhões de pessoas e atingiu 31 pontos na medição do Ibope. Esse índice é próximo, por exemplo, ao de uma novela das oito – que, geralmente alcança 35 pontos.
Indecisos – Os candidatos vão para estes dois últimos encontros, da Record e da Globo, de olho em uma fatia do eleitorado – os indecisos. Segundo o Datafolha, 5% das pessoas ainda não sabem em quem votar. Isso representa nada menos que 6,8 milhões de eleitores.
Em segundo lugar nas pesquisas, José Serra (PSDB) buscará no debate deste domingo vincular a imagem de Dilma aos casos de corrupção que vieram à onta recentemente. E, acima de tudo, comparar-se com a petista, apresentando-se como mais experiente para governar o país.
Dilma, por sua vez, terá como tarefa principal esquivar-se dos adversários, controlar o nervosismo e, assim, segurar a liderança da disputa. A estratégia petista consiste em evitar críticas e destacar feitos positivos da era Lula.
Figueiredo explica: “Para Dilma, interessa um debate morno. Para Serra, ataques à capacidade de governar da Dilma e ao modelo de poder do PT.” O cientista político pondera que, para a estratégia do tucano dar certo, é necessário ter moderação nas críticas. “O eleitor gosta de quem é altivo sem ser agressivo, mostra os defeitos do adversário sem ofendê-lo. O efeito da crítica depende do tom.”
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