É possível ter queimadura de sol pela janela do carro?

Estudo americano mostra que pessoas expostas ao sol enquanto dirigem têm mais chances de desenvolver câncer de pele — justamente no lado esquerdo

 

Aplicar protetor solar na praia é uma coisa óbvia. E aplicar antes de se sentar para dirigir? Essa é uma pergunta pouco comum, mas para quem passa horas na estrada, principalmente durante o dia, o protetor pode ser uma boa ideia.
A maioria dos fabricantes instala para-brisas laminados que filtram a luz ultravioleta. Já as janelas laterais e traseiras não costumam ser de vidro laminado, que filtra a luz UVB, a principal causa de vermelhidão na pele e queimadura solar, mas não os raios UVA, que penetram mais fundo na pele e também são prejudiciais.

Segundo um estudo publicado ano passado pelo Journal of the American Academy of Dermatology, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de St. Louis examinaram os registros e históricos de mais de mil pacientes encaminhados para uma clínica local de câncer de pele. Eles constataram que as pessoas que passaram mais tempo dirigindo o carro toda semana tinham maior probabilidade de desenvolver câncer de pele no lado esquerdo do corpo e rosto – o lado mais exposto ao sol quando se dirige. Em pacientes com melanoma maligno, a forma mortal de câncer de pele, 74 por cento dos tumores foram encontrados no lado esquerdo, contra 26 por cento no lado direito.
Em janeiro, outro grupo de pesquisadores publicou um estudo similar, ainda mais amplo, no mesmo periódico, usando dados de milhares de pacientes com câncer de pele coletados pelo Instituto Nacional do Câncer. Eles encontraram a mesma “predileção por cânceres de pele no lado esquerdo” e perceberam que a ligação era mais forte em homens, sugerindo que as mulheres tomavam mais precauções, como usar protetor solar, e tinham uma “exposição solar mais igualmente distribuída, inclusive podendo passar mais tempo no banco do passageiro”.
Ou seja, em um veículo fechado, é improvável ter queimadura de sol, mas os raios UVA que penetram mais profundamente podem causar danos potencialmente nocivos à pele.

Fonte:. VEJA

 

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