Facebook: lucro de US$ 400 milhões

Até agora considerada uma verdadeira caixa preta, a situação financeira do Facebook, a maior rede social do mundo, começou a ser involuntariamente revelada na tarde de ontem. Com base em relatórios enviados pelo banco Goldman Sachs aos seus investidores, o blog Dealbook, do "New York Times", publicou que o Facebook lucrou US$ 400 milhões em 2010, e sua receita chegou a US$ 2 bilhões.
Por se tratar de uma empresa de capital fechado, o site fundado por Mark Zuckerberg não precisa informar ao público detalhes de sua saúde contábil.
O "Wall Street Journal", no entanto, publicou ontem que o Facebook está se preparando para abrir capital a partir de abril de 2012.

Lucro líquido nos nove primeiros meses de 2010 já chegou a US$ 355 milhões
 No início desta semana, o Goldman Sachs fez um aporte de US$ 500 milhões no capital da maior rede social da internet, o que provocou especulações de que o Facebook já vale US$ 50 bilhões. Por causa desse aporte, os investidores do Goldman Sachs interessados em aplicar dinheiro no Facebook receberam relatórios financeiros do próprio site.
Em 2009, a receita do site foi de US$ 770 milhões. Naquele ano, os lucros chegaram a US$ 220 milhões.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, um dos privilegiados investidores do Goldman Sachs que recebeu o relatório afirmou ontem que o Facebook gerou US$ 1,2 bilhão somente em receitas nos nove primeiros meses de 2010. No período, o lucro líquido ficou em US$ 355 milhões.
A fonte afirmou ter recebido um balanço financeiro dividido em seis páginas, com poucos detalhes e não auditado.
Os clientes do Goldman Sach que quiserem ter ações do Facebook terão que confirmar o interesse até hoje e depositar o dinheiro no banco até terça-feira da próxima semana. O plano do banco é juntar mais US$ 1,5 bilhão para formar um fundo para investir na rede.
De acordo com a revista "The Economist", o banco está pedindo aos seus clientes que invistam pelo menos US$ 2 milhões e que não se desfaçam das ações até 2013.
Tanto o Goldman Sachs quanto o Facebook se recusaram a comentar as informações divulgadas ontem.

Fonte:. O Globo